
Entre os condôminos, uma dúvida é bastante comum: “por que condomínio é tão caro”? Bem, para que o empreendimento possa funcionar adequadamente e, ainda, proporcionar conforto, segurança e bem-estar a todos, os custos envolvidos são relativamente altos e numerosos. Por isso, para o artigo de hoje, preparamos algumas informações relevantes para que, quando questionado, o gestor possa esclarecer como a cota condominial é composta e, ainda, sugestões para diminuir esse valor. Ficou curioso? Então, acompanhe a leitura!
A cota condominial é o valor pago mensalmente pelas unidades de um condomínio a fim de compor o caixa e cobrir as despesas comuns. Os recursos são essenciais para custear as diversas operações necessárias para manter o empreendimento funcionando. Isso implica em manutenções, consertos, equipe de colaboradores, contas de consumo e outros gastos.
Mas, o que está incluso nesse valor e por que condomínio é tão caro?
O que compõe a cota condominial
O pagamento da cota condominial é obrigatório e está previsto em lei. Conforme o Código Civil:
“Art. 1.336. São deveres do condômino:
I – contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção.”
O rateio das despesas deve estar definido na convenção do condomínio, que precisa determinar a cota proporcional e o modo de contribuição dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do edifício.
Isso significa dizer que a cota condominial é a divisão dos gastos de um condomínio entre os condôminos, sem a possibilidade de lucro.
Para chegar ao valor ideal, geralmente a divisão dos custos apontados na previsão orçamentária segue o critério da fração ideal, que também consta no artigo 1.336 do Código Civil e no artigo 12º da Lei 4.591/64.
No entanto, também existem condomínios que fixam a cota de formas diferentes, por unidade ou, pela diferença entre despesas ordinárias e extraordinárias, por exemplo
A fração ideal corresponde a um cálculo que soma as áreas de propriedade exclusiva e as de propriedade comum. O resultado define a porção do terreno do condomínio pertencente a cada proprietário. Desta forma, assim como acontece com a cobrança de IPTU, a área do imóvel (privativa + comum + garagem, se houver) é a base para o cálculo da cota condominial.
É importante lembrar que existem dois tipos de cotas condominiais – ordinárias e extraordinárias, com características distintas.
A cota ordinária inclui os custos referentes às necessidades básicas da gestão condominial:
- Consumo de água, gás, luz e esgoto nas áreas comuns;
- Salários, encargos e contribuições previdenciárias dos funcionários do condomínio;
- Manutenção e conservação das instalações e equipamentos hidráulicos, elétricos e mecânicos de uso comum;
- Equipamentos de prevenção contra incêndios;
- Manutenção das áreas comuns de lazer, como piscina ou academia;
- Pequenos reparos nas instalações elétricas e hidráulicas de uso coletivo;
- Rateio de saldo devedor durante o período da locação do imóvel;
- Reposição do fundo de reserva do condomínio utilizado durante o período da locação.
Aqui cabe destacar que o pagamento da cota ordinária é obrigação do locatário, durante o período de locação. Deseja saber mais sobre a Lei 8.245/91, mais conhecida como Lei do Inquilinato? Acesse: Lei do Inquilinato: conheça os deveres e direitos do inquilino.
Já a cota extraordinária, atribuída ao condômino, ou proprietário do imóvel, compreende os gastos incomuns, como:
- Obras de reforma que alteram a estrutura integral do imóvel;
- Pinturas das fachadas;
- Instalação de iluminação na área do condomínio;
- Indenizações trabalhistas e previdenciárias pela dispensa de empregados do condomínio, desde que ocorram antes do início da locação;
- Instalação de equipamento de segurança, contra incêndio, telefone ou de lazer;
- Despesas com decoração e paisagismo;
- Constituição do fundo de reserva.
Por que condomínio é “tão caro” e como reduzir custos?
Como vimos, os custos envolvidos na composição da cota condominial são diversos e isso explica por que condomínio é tão caro. Mas, a boa notícia é que existem formas de reduzir as despesas e, consequentemente, o valor a ser pago mensalmente pelos condôminos.
E, como condômino, você também pode indicar algumas ações de economia ao síndico. A sua sugestão é muito importante para a gestão, afinal um condomínio é um espaço coletivo no qual cada um pode colaborar para o bem de todos, concorda? Veja algumas ideias:
Redução da conta de energia elétrica
Uma campanha de conscientização é uma estratégia importante para reduzir o consumo e o valor da conta mensal. Mas, outras ações podem contribuir para baixar o valor, como o uso de lâmpadas de LED e sensores de presença, manutenção e troca da fiação elétrica nos prédios mais antigos, e o investimento em energia solar – especialmente até dezembro de 2022, considerando a isenção de imposto que o condomínio terá até 2045.
Redução da conta de água
Assim como a energia elétrica, é válido apostar na elaboração de uma campanha que envolva e incentive os condôminos a refletir e usar de maneira adequada esse recurso natural tão precioso. Outras estratégias podem ser implementadas para enxugar esse custo, como o reaproveitamento de água da chuva, manutenção e monitoramento de vazamentos, individualização de hidrômetros e redutores de vazão, por exemplo.
Redução de custos nas compras
Na hora de fazer as compras para o condomínio, é importante fazer uma lista de todos os materiais e insumos utilizados para solicitar orçamentos e cotações. Comprar no atacado e em maior quantidade também pode garantir bons descontos.
Conta bancária sem custos (e sem sustos)
Todo condomínio precisa de uma conta bancária. Separar a gestão financeira do empreendimento da conta pessoal do síndico é crucial para conferir mais transparência e credibilidade à gestão, além de evitar situações constrangedoras para o gestor. Mas, e quando o valor para manter a conta pesa no orçamento?
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Gostou das nossas sugestões? Para quem ficava se perguntando por que condomínio é tão caro, esperamos que os esclarecimentos facilitem o entendimento quanto aos diversos motivos que podem elevar o valor da cota condominial. Por outro lado, essas dicas podem contribuir para que o seu condomínio possa reduzir as despesas, certo? Agora, considere a viabilidade das estratégias que apresentamos e leve a pauta ao gestor!