
O número de golpes bancários no país vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. Em 2022, estimativas da Federação Brasileira de Bancos – Febraban apontam para a assustadora marca de R$ 2,5 bilhões em fraudes. Desse montante, mais de 70% envolve o Pix. No artigo de hoje, vamos falar sobre os tipos de golpes mais comuns abrangendo contas bancárias. Continue a leitura e entenda como você pode se proteger.
A mais recente edição do Radar Febraban, pesquisa Febraban-Ipespe, realizada com 3 mil pessoas entre os dias 21 de maio e 2 de junho de 2022, nas cinco regiões do Brasil, revela que 3 em cada 10 brasileiros já foram vítimas de golpes ou sofreram alguma tentativa de fraude.
O levantamento mostra o aumento progressivo no número de vítimas: em setembro de 2021, eram 21%, em dezembro, 22%, e no mês de junho de 2022, subiu para 31%.
Ainda conforme o Radar Febraban, os bancos têm 57% de confiança dos entrevistados e as fintechs 55%. Já a confiança em empresas privadas chega a 50%. Isso significa que a avaliação quanto à contribuição do setor bancário para a sociedade permanece positiva.
Para aplicar diferentes tipos de golpes, os criminosos geralmente se aproveitam da falta de conhecimento sobre segurança digital da população, já que isso é mais fácil do que fraudar os sistemas de segurança dos próprios bancos.
A técnica utilizada para manipular as pessoas passa pela “engenharia social”, que provoca sentimentos de urgência e facilita a entrega de dados confidenciais ou o clique em links falsos, por exemplo.
Confira, agora, os principais tipos de golpes praticados no Brasil.
Boleto adulterado
Esse é um dos tipos de golpes praticado quando o computador do cliente tem um vírus que altera as informações de beneficiário e banco dinamicamente quando o cliente recebe o boleto no e-mail. Um teste eficiente é enviar o boleto para outro endereço de e-mail e abrir em outro computador, se a sua máquina principal estiver com vírus o boleto enviado para teste estará diferente do que você recebeu.
Antes de pagar algum boleto, a simples conferência dos dados que o banco informa, logo após a leitura do código de barras ou digitação, já mostra o que é, qual o valor e para quem você está pagando. Confira outras dicas para aumentar a sua segurança:
Dados do beneficiário
Antes da emissão, todos os boletos precisam ser registrados com informações do emissor e do pagador, como CPF/CNPJ, data de vencimento e valor. Esses dados permitem fazer uma pesquisa simples para descobrir se as informações são verdadeiras.
Os dados do beneficiário – CNPJ e Razão Social, por exemplo, podem ser consultados no site da Receita Federal.
Valor do boleto
Os números finais do código de barras devem ser exatamente iguais ao valor do boleto bancário. Caso não sejam, significa que a fatura está errada ou foi adulterada.
Código de barras
Quando o boleto é verdadeiro, os números referentes ao código do banco emissor da guia são sempre os três primeiros números exibidos no código da fatura. O guia de código dos bancos pode ser utilizado como guia para avaliar se o código do boleto é verdadeiro.
Segurança digital
Para se precaver contra esses tipos de golpes, é importante ter um antivírus eficiente e atualizado no seu computador. Além disso, evite instalar softwares de origem desconhecida.
Mensagem de WhatsApp
O WhatsApp também tem sido frequentemente utilizado para diversos tipos de golpes bancário. As fraudes aproveitam desde a função de compartilhamento de links externos até esquemas de engenharia social para roubar os dados pessoais das vítimas.
Um exemplo é quando o cliente recebe uma mensagem pelo aplicativo como se fosse o banco. Geralmente, o conteúdo informa que a conta será cancelada e que um código, enviado para o e-mail, precisa ser enviado pelo WhatsApp. Fique atento, já que se trata de uma tentativa de invasão da conta bancária utilizando o sistema “esqueci minha senha”.
Em hipótese alguma envie os seus dados e fique atento aos canais oficiais de contato do banco.
Outra forma de evitar esses tipos de golpes pelo WhatsApp é ativando a verificação em duas etapas no seu aplicativo. Vá em Configurações > Conta > Verificação em duas etapas. Assim, uma senha é cadastrada e solicitada periodicamente.
Phishing, ou pescaria digital
Os canais mais comuns para os tipos de golpes envolvendo o “phishing”, ou pescaria digital, são links falsos enviados por e-mail, SMS e aplicativos como o WhatsApp. Geralmente, são mensagens que informam um problema com a conta da vítima, com um link que leva a uma página falsa do banco. Nessa página, a pessoa informa os seus dados e senhas, que são roubados pelos criminosos.
Veja os principais métodos utilizados nas fraudes:
- Phishing: links falsos enviados por e-mail;
- SMShing: envio de links pelo celular, por mensagens de texto tipo SMS;
- Site falso: os golpistas criam uma página na internet que parece a do banco, porém no momento em que a pessoa digita os dados, ele passa a ter acesso à conta;
- Perfil ou página falsa: nas redes sociais, os criminosos criam perfis ou páginas falsas e interagem com as vítimas como se fossem um canal oficial da instituição financeira;
- Link patrocinado falso: os fraudadores pagam para fazer anúncios em sites de busca e redes sociais para vender supostos produtos e serviços.
Para se proteger, evite clicar em links recebidos por e-mail ou mensagens, não revele informações importantes e não use a senha do banco para outros serviços.
E-mail falso
Dentre os métodos de phishing que listamos no tópico anterior, o e-mail falso também é uma prática muito comum. O objetivo quase sempre é convencer o usuário a baixar arquivos maliciosos, como malwares, ou fornecer informações pessoais.
Por isso, entenda como identificar se um e-mail é verdadeiro em alguns passos simples:
- Confira se o endereço de e-mail corresponde ao nome do remetente.
- Passe o cursor sobre o link antes de clicar para ler a URL ou endereço. Caso o endereço não seja familiar, não clique.
- Nunca clique em links suspeitos e não baixe arquivos anexos, mesmo PDF’s.
- Desconfie de solicitações excessivas de informações e não forneça dados sigilosos.
- Ative serviços de antispam e antivírus em seu celular e computadores.
- Denuncie contas suspeitas.
Por último, sempre que você suspeitar de algum e-mail recebido, a melhor maneira de descobrir se a mensagem é verdadeira é contatar a empresa através dos canais oficiais que você já conhece.
Aproveitamos para reforçar que o CondoConta utiliza os canais abaixo:
-
WhatsApp para suporte e comunicações: (48) 9 9969-0186.
-
E-mail para envio de boletos de cotas condominiais: meucondominio@condoconta.com.br
-
Demais comunicações, usamos apenas e-mails com o domínio @condoconta.com.br
Falsa Central de Atendimento
Empresas legítimas não entram em contato por telefone ou mensagem para confirmar dados de cartão de crédito, por exemplo. Por isso, nunca informe senhas, número completo e código de segurança de cartões. Ao receber uma ligação solicitando algum dado, desligue sem dar detalhes ou informações.
Falso motoboy
Similar ao anterior, a fraude do falso motoboy também começa com uma ligação para a vítima. O golpista se passa por um funcionário do banco, informa que o cartão foi fraudado, pede que a senha seja digitada para confirmar a operação. Em seguida, informa que o cartão será cancelado e recolhido por um motoboy. Para dar mais veracidade à situação, o fraudador pede que a vítima corte o cartão ao meio, mas a parte do chip continua utilizável.
Nesses tipos de golpes, é fundamental saber que os bancos nunca solicitam a devolução de cartões, tampouco enviam motoboys para buscá-los. Ao receber uma ligação ou visita com esse objetivo, não entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para sua instituição financeira para saber se existe algum problema com a sua conta.
Falsa intimação extrajudicial
Um novo golpe envolvendo intimações extrajudiciais também tem provocado prejuízos financeiros. Tudo começa com uma SMS no celular da vítima alegando que, devido a uma dívida, poderá ocorrer a penhora de bens. A mensagem traz o valor a ser protestado e um telefone para contato para negociar a pendência.
Neste caso, é importante saber que não pode ocorrer a penhora de bens sem que haja um processo judicial. Outro ponto de atenção é que intimações judiciais não são enviadas por SMS, mas sim via correio ou, ainda, entregues por um oficial da justiça. Aí sim, você precisa dar atenção!
Caí em um golpe. E agora?
Mesmo que as instituições e os sistemas sejam seguros, as fraudes e os tipos de golpes têm se tornado cada vez mais audaciosos e fazem com que as vítimas fiquem fragilizadas e confusas sobre o que estão revelando.
Se acontecer com você, o primeiro passo é acionar a polícia para que as medidas legais sejam tomadas. É fundamental informar também a instituição financeira para que os procedimentos de segurança, como o bloqueio da conta ou do cartão, entre outros, possam ser realizados, além de avaliar a possibilidade de recuperar valores perdidos.
Cabe ressaltar ainda que qualquer pessoa pode cair em um golpe. No entanto, muitas se sentem constrangidas ou entendem que reportar a fraude não fará diferença. Acontece que, nem sempre o dano é irreversível, e ainda, a sua denúncia pode ajudar a impedir mais danos, tanto para você, quanto para futuras vítimas.
Gostou deste conteúdo? Continue acompanhando o nosso blog!